domingo, 6 de dezembro de 2009

Cinema por MCD


"É preciso um mergulho no escuro para entender e apreciar o que é a claridade.
(escuro)
Assim é o cinema.
Um mergulho no escuro.
(foco no apresentador)
Luz,
câmera,
ação!
Quer pipoca?
(vai abrindo cortina)
O cinema é uma invenção francesa. A lente certa, a distância certa e um foco de luz em ambiente escuro. Um teatro de sombras.
E tem sala de espera. E tem chocolate e refrigerante.
(come pipoca)
Diz a lenda que na década de quarenta, meio século depois da invenção do cinema, as meninas do interior fugiam pela janela durante a noite para tentar uma carreira no cinema.
Ser star. O glamour das estrelas de cinema. Um camarim com o nome na porta e aquela gente toda para maquiagem, os grandes espelhos iluminados. Vestir o figurino enquanto decora os últimos trechos da fala e ensaiar o beijo cinematográfico.
E se tudo der certo gravar as mãos na calçada da fama.
E para quem está na platéia é deixar a imaginação correr solta. Dançar com Fred Aster e Ginger Roger, John Travolta, Elvis Presley. Ser e se emocionar com Cinderela, Sherek e Rei Leão. Encontrar as raízes no cinema Nacional com as histórias de um Jeca Tatu. E se apaixonar com Romeu e Julieta...
Não quer mesmo uma pipoca? Já vai começar."

"Agora sou um dançarino. Sair improvisando passos que encantem a todos. Vou sapatear por ai, feito um vagabundo apaixonado pela noite. Rodopiar um poste e sempre olhando pro céu. Brincar com a água da calçada e cantar na chuva uma felicidade tamanha. Esticar a minha mão e sentir o convide da sua para uma dança, uma valsa quem sabe, como a bela e a fera, a xícara e o pires, e sair dançando até não poder mais..."


"Um filme é o resultado de inúmeras imagens. No cinema podemos ver filmes de curta metragem ou de longa metragem. Ou ainda super longas. Podemos também viajar no tempo, como fizemos aqui, e visitar todas as emoções que um ser humano é capaz de criar. Emoções que ficam marcadas para sempre como aquela cena onde um andróide futurista num gesto simbólico liberta uma pomba branca para ilustrar que ele sente inveja de nossa liberdade. No filme ele inveja o fato de que somos humanos e ele o fruto de uma programação.
O cinema eterniza nossas mais caras emoções. Como essa que acabamos de compartilhar através de dança de nossos amigos, nossos parentes, nossos filhos. Emoções de uma infância e juventude que para sempre vamos ver e rever e vamos certamente nos emocionar.
É dessa maneira que o cinema nos torna eternos. É assim que nosso amor de pai, de mãe, de irmão e amigo, de namorada ou namorado fica para sempre nas imagens...
Agora, somos estrelas."

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