quarta-feira, 28 de abril de 2010
O Golpe
O odor. É familiar. Cheiro de animal distraído. Preza fácil. Nessa situação o predador se garante e abocanha a preza com facilidade. O animal acuado exala seu medo. Um dia e todos vamos sentir o cheiro. Demarcação. O pavor.
Quando estrategicamente alimentadas feras buscam o prazer saciando a fome. Exercitando a perversa animalidade.
Uma maneira divertida é atordoar, prolongar aquele cheiro. O estremecer. Rolar de canto em canto. Tapas na agonia. Até o momento do golpe único.
Quando a fera anda muito faminta, ela dispensa o jogo e golpeia imediatamente. Devorando insaciável. Nesse momento o cheiro do sangue ainda quente é mais urgente. Absorver o calor do que ainda está pulsando.
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